“Então”,
me dizes.
Como se
fosse fosse algo continuado.
Como se
eu tivesse que continuar alguma coisa.
Como se
coubesse a mim a decisão acerca do futuro.
“Então”,
respondo.
Desviando
da pergunta não feita.
Esquivando-me
dos laços.
Feliz
pelos tantos passos.
Então,
cabe ao tempo.
Produzir
esquecimento.
Conduzir
a outros lugares.
Então,
quem sabe algum dia,
em dado
momento,
você
leia meus pensamentos.
Então,
saberá que o que nos afasta não é você,
nem eu.
É
o nós, que insiste em juntar na primeira pessoa do plural duas
almas completamente singulares.
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