quarta-feira, 11 de novembro de 2015

"Penso, logo existo." - Será?

Não quero revolucionar os livros de filosofia, nem também ser prepotente a ponto de dizer que os que citarei e que estão errados em todo.
Porém gostaria de isolar determinados pontos.
Vejamos, inicialmente, o discurso do método de René Decartes, onde deu-se a famosa frase: "Penso, logo existo" (ergo sunt - conforme original).
Proponho, então,  considerarmos que o pensar é não-matéria, pois conceituar o próprio,  seria limitá-lo, e vista a sua condição ilimitada e infinita de ser e existir, não seria possível delimitar este!
Baseado nesse próprio argumento, vemos a condição do ser vivente,  constituído de matéria,  que segundo Decartes, existe porque pensa!
Realmente,  não poderia existir um homem desprovido de pensar (apesar de eu conhecer alguns...).
Mas onde quero chegar, é exatamente o inverso disso .
Há seres unicelulares, como a ameba, que realmente não possuem a capacidade de raciocínio.
E já que para tudo o que há, existe algo inversamente proporcional, consideraria eu, então,  que poderia haver o não-ser, dotado do pensar!
Segundo o discurso,  René apresenta-nos que o pensar é o único ponto que somos incapazes de abstrair.
Mas há uma falha aí,  não é pela incapacidade humana de desconsiderar algo, que deve ser aceito, que por isso,  e somente por isso existimos .
Como já foi dito, o pensar, é livre, não pode ser delimitado e tolido em palavras tamanha sua dimensão.
Sou prepotente ou Decartes estava errado?
Não é dado obrigatoriamente que exista algo, simplesmente porque eu possa vir a pensar que ele existe!
Posso supor inúmeras coisas, e, nem por isso, elas têm de existir, apenas porque penso que elas existem.
Quero tentar apresentar um novo argumento, de forma diferente da anterior, onde tenho também como propósito mostrar que o discurso do método pode estar errado!
Se considerarmos que só existo, e, quando digo isso, refiro-me ao próprio tratado de Decartes, só posso considerar-me um ser existente, baseando-me na única prova empírica, de que penso, então pressupõe-se que a força do meu pensar, vai muito além da simples expressão "força criadora", então ela realmente cria?!
Contesto este, apresentando o exemplo de um unicórnio cor de rosa, de olhos azuis e ferraduras douradas! Não é por que eu projeto em minha mente , e que talvez até possa aceitar como verdade a sua existência, que tornaria-o real!
Assim como o unicórnio, não seria capaz, somente com a força do seu pensar, projetar-me vividamente em frente a mim...

Autoria: Coelho (O que não é o Paulo)

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