segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Paredes pintadas

Quem pintou as paredes de branco assassinou o que eu sentia.

Lindos versos escritos a próprio punho restaram apagados.

Quando vi tudo límpido senti como se tivessem me dado um soco no estômago.

Me apagaram, era como se não existisse.

Não ousei reescrevê-los, me anulei.

No lugar do túmulo colei um adesivo de árvore.


Cada folha representa uma palavra esquecida.

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