segunda-feira, 26 de junho de 2017

Era uma vez

Quando se está apaixonada todo o dia é colorido.
Parece um conto de criança que começa com "era uma vez"       .
Até o algodão doce retirado das nuvens parece salgado depois que eu te beijo.
Mesmo quando o herói decide ser vilão, me encanto com seus defeitos.
Com um lanche e um banho quentinho nem sinto os arranhões.
Inventamos nosso próprio mundo, para poder gozar da ingenuidade e inocência que, por vezes, subvertemos num beijo.
No teu colo, com teu carinho, até esqueço desses remédios e compromissos que não me deixam voltar a ser criança.
Quantas brincadeiras foram interrompidas por esse joelho ralado? e pelo horário pra voltar pra casa?
E quando meu coração foi partido os únicos curativos apenas anestesiavam a dor, durante a tempestade, até que o tempo virasse e viesse o sol.

O tempo e a vida não param, nem pelo coração, nem pelo joelho.
Então, a gente cresce e mesmo querendo voltar, esbarra no calendário. E a medida que cresce, percebe que o joelho e o coração estão ali, estiveram ali sempre.


Não se passa por essa vida com eles intactos, seja criança ou seja adulto.

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