quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Assovio de Manoela

 Assovio de Manoela

Eu Gosto do Sol
Aquecendo e aliciando as pombas
E o bom cigarro ao lado
no mais, Senhoras,
Não subam pelas paredes, abrindo as janelas
pois, fazer gemer uma mulher é fácil
As pombas e o bom cigarro, as más senhoras, a mulher chorando....
Tu até gosta de tudo isso, aliado ao bom vinho, então, fica uma delícia.
Mas tanto faz, as pombas, todas conheço pelas cores, os vinhos pelos sabores e os gemido pelos amores.
Os cheiros e os sabores vão me mostrando por onde ir, me puxando pelos pés...
Não sou daqui, nem sou de lá
Não tenho nada a perder, por ser feliz com uma cor
às vezes dou pão às pombas, noutras, alpiste ou sementes
Às vezes os passarinhos se alimentam e o que sobra vira flor
Sou daquele lugar
o lugar onde não me vi
ser feliz é o meu propósito de ser
nem que isso cause dor
Eu gosto de estar no campo, na areia, com o meu cavalo, o Zeus, perseguindo os olhos dela - a Manoela.
Por todo o tempo mirando as estrelas, com Maria, no trigal
Não tenho idade por vir
nem identidade de cor
não tenho nada a perder
e ser feliz é satisfação
Algumas vezes, é esquecer.
Daquilo que não me dói mais
da briga que nunca tivemos
das intrigas e fofocas plantadas
Da janela, posso ver Manoela tomando banho, mas não sei o que se passa com ela.
Na rua, vejo ela passar, e como conversa com os passarinhos esta Mulher!
Coautoria: Felipe Braga