sexta-feira, 4 de abril de 2014

o soneto que não escrevi

As cores que não vivi reproduzo na tela.
Como esperança de senti-las na pele.
Dos sonhos que não sonhei, desperto, acordada.
Em algum momento, a realidade dirá se isso foi bom ou foi ruim.


Na estrada comprida, aproveito o caminho e desvio dos desvios.
Não curto nada que encurte e vida.
Ando devagar porque não vejo sentido na pressa.
Lentamente posso admirar o interessa.


Do passado não me escondo quando teima em voltar.
No presente, sou mais eu e posso voar.
Desejo, no futuro, não me preocupar.


Escrevo por escrever as coisas mais banais.
Sem medo de que alguém as leia e creia serem reais.
E pro soneto que não escrevi, me faltou a rima, a métrica e o ritmo.

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